Covid-19 paralisou aulas de 99,3% das escolas de educação básica, diz IBGE
Na rede pública, cerca de 287 dias de atividades presenciais foram suspensas; na rede privada, foram 247 dias

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A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira, que foi publicada hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o tempo médio de suspensão das aulas presenciais de ensino e aprendizagem em 2020, por conta da pandemia, somou 279,4 dias no Brasil.
Na rede pública, cerca de 287,5 dias de atividades presenciais foram suspensas, já na rede privada, foram 247,7 dias. No geral, 99,3% das escolas da educação básica paralisaram as atividades e 90,1% não retornaram no ano letivo de 2020.
A Região Nordeste do país registrou o maior tempo médio total de suspensão das aulas presenciais, com 299,2 dias, o destaque foi a rede pública (307,1 dias). Na rede privada de ensino, o maior tempo médio de suspensão de aulas presenciais foi verificado na Região Sudeste, com 250,8 dias.
De acordo com o IBGE, o Brasil está entre os países que tiveram o maior período de suspensão das aulas presenciais, como mostra o monitoramento global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em novembro do ano passado, o IBGE verificou que 2,4% dos estudantes de seis a 17 anos de idade compareciam as aulas presenciais normalmente e 5,4% de forma parcial, enquanto 92,2% não tinha aulas presenciais. Desse total, não foram oferecidas atividades escolares para 10,8%.
Na educação básica, 42,6% das escolas realizaram aulas pela internet, sendo 35,5% na rede pública e 69,8% na rede privada. Os menores números de adoção dessa estratégia de ensino foram identificados no Acre, Amazonas, Pará e Roraima: 8,1%, 9,9%, 13,2% e 13,3%, respectivamente. Já os maiores percentuais foram vistos no Ceará (61,8%) e no Distrito Federal (82,9%).