Covid-19: primeira vacina patenteada na China poderá ser testada no Brasil
Imunizante chinês teve seus estudos e eficácia publicados

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Fabricantes da vacina chinesa publicaram os estudos de fase I e II, com resultados positivos e se tornou o primeiro país a conceder a patente de um imunizante contra a Covid-19 com provas positivas do teste de segurança e eficácia, diferentemente da Rússia, que não comprovou. De acordo com um comunicado do governo, a empresa de biotecnologia tem interesse de incluir o Brasil na próxima fase.
A substância é uma das cinco que vêm sendo produzida no país asiático, onde uma delas é da Sinovac, em teste da Universidade de Brasília (UnB). A patente foi solicitada para proteger a propriedade intelectual, já que os dados sobre o desenvolvimento são divididos com a comunidade científica internacional.
Mas, apesar de ter sido divulgada na segunda-feira (17), a patente da Ad5-nCoV foi registrada em 11 de agosto, mesmo dia do da vacina russa, segundo a imprensa chinesa. Há informações de que os dois países pretendem trabalhar juntos no desenvolvimento de imunizações de Covid-19.
O principal especialista em doenças respiratórias da China, Zhong Nanshan, participou de um simpósio com cientistas da Rússia e afirmou que há interesse em troca de informações. “A China e a Rússia podem aprender uma com a outra. As tecnologias e estratégias russas (de combate à covid-19) merecem ser estudadas, enquanto a China tem métodos únicos para controle da pandemia, especialmente o uso da medicina tradicional”, afirmou.
A Arábia Saudita anunciou que os testes de fase III da vacina chinesa devem começar ainda neste mês, no país. Por meio de um comunicado, a CanSino informou que o Brasil e o México devem entrar nos acordos para o estudo final da substância.


