Cresce o número de estabelecimentos e pessoas trabalhando no comércio baiano

Entre 2008 e 2017, o estado foi o que mais perdeu participação na receita do setor no Nordeste

Às

Cresce o número de estabelecimentos e pessoas trabalhando no comércio baiano

Foto: Reprodução

Após dois anos em queda, a Bahia apresentou o segundo maior saldo positivo do país no número de estabelecimentos e de pessoas trabalhando no setor do Comércio de 2016 para 2017. O estado teve um aumento de 3,6% de unidades comerciais locais ativas e com receita de revenda no ano de 2017, o que representa 3.391 estabelecimentos a mais, num total de 97.970. Os dados são da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2017 divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse aumento absoluto de estabelecimentos comerciais ficou abaixo apenas do verificado em Goiás (mais 4.743 unidades em um ano). A Bahia teve um desempenho melhor do que o país como um todo, onde o número de unidades locais de empresas comerciais caiu pelo quarto ano consecutivo (-1,8%), passando de 1.707.371 para 1.676.219, o que significou menos 31.152 estabelecimentos comerciais em um ano.

Os maiores saldos negativos em unidades comerciais nesse período foram registrados em São Paulo (-26.307), Santa Catarina (-4.462) e Paraná (-4.254). A Bahia se manteve em 2017 como o sexto estado em número de estabelecimentos comerciais e o líder do Norte-Nordeste nesse indicador. 

Apesar do resultado positivo, em 2017 o setor empresarial comercial baiano ainda estava 4,2% menor do que em 2014, menos 4.285 estabelecimentos ativos no estado. No país como um todo, de 2014 a 2017, mais de 66 mil estabelecimentos (66.066) fecharam.

Ocupação

O aumento no número de estabelecimentos comerciais neste período levou a um avanço no total de trabalhadores no setor (+5,3%), que chegou a 501.842 pessoas ocupadas na área, 25.233 a mais que em 2016. O indicador baiano só perdeu para o verificado no Paraná (mais 27.375 pessoas ocupadas em unidades locais comerciais entre 2016 e 2017). O Brasil tinha neste mesmo período 98.210 trabalhadores a mais no setor (+1,0%), após dois anos em queda.

As três grandes divisões do comércio baiano (varejo, atacado e vendas de veículos, peças e motocicletas) tiveram resultados positivos entre 2016 e 2017. As maiores taxas de crescimento, tanto no número de estabelecimentos comerciais ativos quanto no pessoal ocupado, vieram do comércio de veículos, peças e motocicletas: +18,0% e +13,6%, respectivamente.

O varejo baiano respondeu por pouco mais da metade dos novos estabelecimentos (1.706 das 3.391 unidades) e por 8 em cada 10 dos empregos criados. O setor teve dois anos seguidos de encolhimento, por isso o saldo negativo ainda é de menos 7.263 estabelecimentos em relação aos que estavam ativos em 2014 (89.844) e de menos 5.558 pessoas ocupadas na comparação com o mesmo período (quando o número de trabalhadores era de 405.711).

Apesar dos resultados positivos, entre 2008 e 2017, a Bahia foi o estado que mais perdeu participação na receita do comércio no Nordeste, passou de 31,3% para 26,8% do total. O estado de Pernambuco foi o que mais ganhou participação (de 18,4% para 20,9%). Em seguida vieram Maranhão (de 8,9% para 9,8%) e Ceará (de 15,3% para 16,0%).

O Farol da Bahia procurou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) para comentar os resultados da pesquisa, no entanto, a assessoria informou que o presidente da entidade Carlos Souza Andrade estaria ocupado o dia todo em reuniões e não teria disponibilidade para entrevistas.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário