Crescimento do varejo ampliado deve reduzir para 5,4% em 2020, diz CNC
Volume corrente de vendas do varejo se encontra abaixo do nível registrado antes da recessão

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A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que as vendas do varejo ampliado tenha fechado 2019 com uma queda de +4,3% para +4,0%. A CNC reavaliou também a expectativa para o ano de 2020 de +5,5% para +5,4%.
As projeções levaram em consideração os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do mês de novembro, divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números mostram uma trajetória de recuperação do varejo, registrando avanço no volume de vendas pelo terceiro ano consecutivo. No entanto, segundo a CNC, o volume corrente de vendas do varejo se encontra 5,5% abaixo do nível registrado antes da recessão.
O volume de vendas dos dez segmentos que integram o varejo ampliado encolheu 0,5% em relação ao mês de outubro, já descontados os efeitos sazonais. O resultado interrompeu uma sequência de oito meses consecutivos de variações positivas nas vendas e foi o pior desempenho para meses de novembro desde 2016.
No acumulado do ano de 2019 até novembro, o varejo ampliado teve alta de 3,8%. Já no varejo restrito – que exclui os ramos automotivo e de materiais de construção –, apesar da sétima alta seguida, o resultado de novembro (+0,6%) também ficou abaixo do observado no fim de 2018 (+3,1%).
Quatro dos dez segmentos pesquisados revelaram taxas negativas em novembro. Os destaques ficaram por conta dos ramos de livrarias e papelarias (-4,7%), veículos, motos, partes e peças (-1,0%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).
Por outro lado, os segmentos de artigos farmacêuticos e de perfumaria (+4,1%), informática e comunicação (+2,8%) e artigos de uso pessoal e doméstico (+1,0%) tiveram resultados posiivos. Pesou, nesses dois últimos casos, o efeito das vendas durante a Black Friday.