Crescimento econômico é disseminado em quase todas as regiões do Brasil
Resultado foi influenciado pelo desempenho de São Paulo, que registrou queda de 0,5%; região sul foi a que mais cresceu

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
De acordo com a avalição do Banco Central, que consta no Boletim Regional publicado nesta sexta-feira (2), a região sudeste foi a única que não apresentou crescimento econômico e se manteve estável. O resultado foi influenciado pelo desempenho de São Paulo, que teve queda de 0,5%.
A estabilidade da região está relacionada ao recuo dos serviços financeiros e o esfriamento da expansão do comércio. Segundo o boletim, a economia do Sudeste perdeu ritmo no segundo trimestre, com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) variando negativamente em 0,1% no trimestre, em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,6%).
Apesar disso, outros estados da região apresentaram avanço, como Minas Gerais, que registrou crescimento de 1,5% na atividade. No acumulado em 12 meses até junho, a economia da região registrou incremento de 2,6%.
Região Sul
Já a região sul foi a que mais apresentou crescimento em 12 meses, com crescimento de 2,8% no segundo trimestre em relação ao anterior (-2,9%). O resultado foi impulsionado pelos melhores resultados na agricultura e indústria.
Segundo o BC, além do final da apropriação das safras de verão, houve retomada mais intensa no comércio, na construção e em segmentos da prestação de serviços, sobretudo às famílias, e discreta ampliação da produção industrial.
Demais regiões
O IBCR da região Norte variou 1,5% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, influenciado pela expansão do setor de serviços. O destaque é o Pará que cresceu 1,9% na mesma base de comparação, impulsionado pela construção e por serviços às empresas, enquanto o indicador do Amazonas expandiu 1,7%, puxado por serviços às famílias e alojamento e alimentação. Em 12 meses, o indicador de atividade da região acumulou crescimento de 1,7%.
No caso do Nordeste, houve expansão de 1% no IBCR da região no segundo trimestre de 2022, refletindo a continuidade da retomada do setor de serviços, além do desempenho favorável da agropecuária e da construção civil.
A economia do Centro-Oeste continuou em trajetória de crescimento no segundo trimestre do ano. O IBCR da região apresentou alta de 2% se comparado ao trimestre anterior, quando cresceu 1,1%. De acordo com o BC, os destaques da região são para o comércio, a agricultura, a construção civil e os serviços às famílias. No acumulado de doze meses, o IBCR do Centro-Oeste cresceu 4,6%.