Criança de 5 anos ingere álcool em gel e sofre intoxicação na Pensilvânia

Em entrevista à TV local CBS Denver, uma mãe fez um alerta após a filha de 5 anos sofrer intoxicação após ingerir desinfetante para as mãos à base de álcool enquanto estava na escola. Caso aconteceu na cidade de Moon Township, na Pensilvânia (EUA). 

A mulher, que preferiu não ser identificada, afirma que a criança precisou ser hospitalizada. O frasco de desinfetante para as mãos estava na lista de materiais escolares da criança. Segundo a mãe, na hora do intervalo, a escola ligou comunicando o acontecido. “O diretor disse para irmos para a escola imediatamente”, afirmou ela. “Ele falou que minha filha estava andando estranho pelo corredor e, no momento em que chegou ao refeitório, ela desmaiou”, continuou.

“Ela estava completamente fora de si. Tentei acordá-la e ela abriu os olhos brevemente e olhou para mim, mas foi quase como se ela olhasse diretamente através de mim. Depois, ela começou a chorar e se deitou. Eu estava muito assustada, não fazia ideia do que tinha acontecido e o médico também não”, relatou a mãe sobre a chegada ao hospital. 

Após a escola descobrir que a menina havia ingerido metade do frasco de desinfetante para as mãos, os médicos fizeram um exame que detectou que o nível de álcool em seu sangue era de 0,23. A criança já passa bem e foi liberada.

Em comunicado, a instituição de ensino se posicionou sobre o caso.

“A saúde e o bem-estar de nossos alunos são uma prioridade. O distrito oferece postos de higienização das mãos, que estão disponíveis em todas as escolas. Além disso, os alunos podem ter desinfetante para as mãos em sua mesa ou mochila. No entanto, os alunos não são obrigados a trazer o item para a escola”, disseram em nota.

O médico Michael Lynch, chefe do Pittsburgh Poison Center (centro de tratamento para pessoas que sofreram envenenamento), afirmou a emissora que, desde o início da pandemia, houve um aumento no caso de intoxicação de crianças por consumo do desinfetante para as mãos. 

"Na Pensilvânia nos últimos 18 meses (mais ou menos desde o início da pandemia), vimos um aumento de 56% nos casos de intoxicação de crianças com desinfetantes para as mãos”, relatou. Explicando que “os desinfetantes para as mãos normalmente contêm pelo menos 70% de álcool. Mesmo uma pequena quantidade pode ser suficiente para intoxicar uma criança”.