Crianças internadas após beberem água em cidade da Bahia são diagnosticadas com rotavírus

A Secretaria da Saúde do município de Araci informa que sete das várias crianças que passaram mal e foram hospitalizadas depois de beberem água na cidade, cerca de 220 km de Salvador, foram diagnosticadas com o rotavírus. Um bebê morreu após apresentar sintomas, no início de setembro. Um inquérito policial foi aberto para apurar o caso.

Na semana passada, dois adultos, que também precisaram ser hospitalizados após beberem água, tiveram o mesmo diagnóstico.

Conforme a Secretaria da Saúde, o resultado dos exames saiu no domingo (20). As crianças estavam internadas em um hospital de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador.

A pasta informou que as internações ocorreram após mais de 20 pessoas passarem mal no povoado de Lagoa do Boi, que tem cerca de 700 moradores.

Os sintomas apresentados por alguns deles foram: vômitos, diarreia e dores abdominais. Vinte e três pessoas precisaram ser internadas. Até a última segunda-feira (21), duas crianças continuavam internadas no Hospital de Araci.

A prefeitura de Araci suspeitou que a água que abastece a cidade estivesse contaminada. A Empresa Baiana de Águas e Abastecimento (Embasa), responsável pelo fornecimento de água na região, no entanto, informou que os testes não apontaram contaminação. Por isso, a prefeitura da cidade investiga, também, se a caixa d'água usada no povoado está contaminada.

A prefeitura colheu amostras da água e as encaminhou para serem examinadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador. Os resultados ainda não ficaram prontos.

O abastecimento de água na zona rural do município foi suspenso, até que se descubra o que causou os sintomas nos moradores. O abastecimento vem sendo feito através de carros-pipa do Exército.

A Embasa informou que "desde que a suspeita de que a água distribuída na comunidade de Lagoa do Boi, no município de Araci, foi levantada pela Vigilância Sanitária, devido a episódios de mal-estar na população local seguidos de hospitalização e um óbito, a empresa iniciou uma série de medidas visando a segurança da saúde da população local".

A empresa disse ainda que "os resultados obtidos até agora indicam que a água distribuída na localidade tem cloro residual dentro de padrão recomendado pelo Ministério da Saúde e não tem presença de microrganismos nocivos à saúde ou que coloquem em risco a saúde da população".