Crise: ex-economista do FMI sugere que Argentina adote o real e não o dólar
País vizinho quer controlar a inflação de 100%

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O ex-economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), Robin Brooks, sugeriu que atrelar o peso argentino ao real brasileiro poderia representar uma alternativa mais viável do que a dolarização para a Argentina. Esse debate ganhou destaque nas redes sociais após o sucesso do candidato libertário Javier Milei nas eleições primárias, realizadas em 13 de agosto.
Milei, que defende a substituição do peso pelo dólar como medida para enfrentar a inflação de 100% em 12 meses na Argentina, recebeu críticas de Brooks, que descreveu o plano como uma "ideia terrível". Segundo os comentários do economista, a solução para controlar a inflação de 100% no país vizinho seria um forte ajuste para equilibrar as contas do governo, possivelmente requerendo um período recessivo.
Até que Brooks juntou as críticas ao plano de Milei com os elogios que tem feito ao Brasil. “Se a Argentina quer tanto uma paridade cambial — a dolarização, afinal, é só uma paridade —, que pareie com o Brasil. O Brasil é um exportador de commodities (como a Argentina), tem grandes superávits comerciais (diferentemente da Argentina) e tem um Banco Central com muita credibilidade (diferentemente da Argentina). Tal paridade poderia funcionar para a Argentina”, escreveu no Twitter.