Crise hídrica: Presidência da República gastou mais eletricidade nos últimos meses
Órgãos públicos terão que reduzir o consumo de 10% a 20% em relação à média do mesmo período de 2018 e 2019

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Apesar da crise hídrica que assola o Brasil, informações do Portal de Dados Abertos do governo federal apontam que a Presidência da República gastou mais eletricidade nos últimos meses. No período entre junho e agosto, por exemplo, o consumo dos palácios e prédios ligados à Presidência subiu 6% em relação ao mesmo período de 2020, de 2.219.442 quilowatt-hora (kWh) para 2.335.881 kWh.
Os dados incluem todo o complexo do Palácio do Planalto, onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) trabalha, e as residências oficiais do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto. Para evitar maiores danos energéticos, em agosto deste ano Bolsonaro editou um decreto determinando uma meta de redução do consumo de energia no governo federal entre setembro de 2021 e abril de 2022.
Com isso, os órgãos públicos terão que reduzir o consumo de 10% a 20% em relação à média dos mesmos meses dos anos de 2018 e 2019, anteriores à pandemia. Os dados de setembro ainda não estão disponíveis para avaliar qual foi o impacto na Presidência do primeiro mês de vigência do decreto. Os aumentos na tarifa de luz, com a criação da bandeira Escassez Hídrica que cobra R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, também impactam a conta de luz da Presidência. O gasto nos meses de junho a agosto foi de pouco mais de R$ 1,97 milhão, alta de 18% em relação aos R$ 1,6 milhão do mesmo período de 2020.