Daniel Almeida foi o deputado baiano que mais gastou em 2019
O deputado usou mais de R$ 400 mil da cota parlamentar

Foto: Divulgação | Câmara dos Deputados
Em 2019, os deputados baianos abriram a mão nos gastos que tem direito dentro da chamada “Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap)”. Eles custaram aos cofres públicos mais de R$ 13,5 milhões. O líder de despesas foi o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB). Ele usou R$ 403.310,91.
A Cota Parlamentar foi criada em 2009, após diversas reportagens mostrarem o uso irregular de passagens aéreas por deputados e senadores, no que ficou conhecido como farra das passagens aéreas. Na época, a imprensa mostrou que os congressistas pagaram passagens para amigos e familiares viajarem no Brasil e no exterior. As reportagens geraram a abertura de um processo pelo Ministério Público Federal com o objetivo de pedir a devolução de parte dos recursos usados por deputados e senadores.
Diante da repercussão negativa, o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, negociou a criação da Cota Parlamentar, que, na prática, juntou três tipos de despesas a que os deputados federais tinham direito desde 2001: cota postal-telefonica, verba de transporte aéreo e verba indenizatória. O valor da cota muda de acordo com o Estado de origem do parlamentar porque leva em consideração o preço das passagens aéreas de Brasília até a capital do estado pelo qual o deputado foi eleito.
Atrás de Almeida, vem o deputado Félix Mendonça Júnior (PDT). O parlamentar acusou um gasto de $ 391.828,72. Em terceiro lugar aparece o democrata Elmar Nascimento com um gasto total de R$ 391.439,75. Arthur Maia (DEM) é o quarto que mais utilizou a verba (R$
389.571,85).
Entre os que menos gastaram estão os deputados Paulo Magalhães (PSD), R$ 206.821,28, Pastor Sargento Isidório (Avante), com um gasto de R$ 249.550,25 e Igor Kannário (DEM), R$ 262.841,58. O levantamento não levou em conta os deputados licenciados.