Datafolha: Dois em cada três acreditam na piora da economia
Pessimismo com o futuro da economia na gestão Bolsonaro ultrapassa os 60%

Foto: Reprodução/Poder360
Dados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgados nesta sexta-feira (19), apontam que a situação econômica do país vai piorar para 65% dos brasileiros, o que representa duas a cada três pessoas reticentes em relação à situação das contas públicas do país. De acordo com a pesquisa, o número registrado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) superou o maior nível até então, registrado sob a administração de Dilma Rousseff, em março de 2015, quando 60% previam dias mais difíceis para a economia.
De acordo com o primeiro levantamento do Datafolha após vitória de Bolsonaro na eleição, no final de 2018, 9% miravam piora e 65% estimavam melhora para a situação econômica. Por outro lado, apenas 11% dizem acreditar que a economia do país vai melhorar nos próximos meses. Entre as pessoas que acreditam na melhora da situação econômica, os maiores percentuais vêm dos estudantes (18%) e dos empresários (17%). Também estão mais otimistas os moradores do Norte/Centro-Oeste (14%).
Ainda segundo a pesquisa, 17% dos que dizem não ter medo da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, preveem avanço das contas públicas, quase o mesmo percentual dos que julgam o presidente Bolsonaro como ótimo/bom (18%). O levantamento do Datafolha foi feito entre os dias 15 e 16 de março, por telefone, com 2.023 brasileiros em todo o país. O instituto informou que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Recortes
O levantamento, por gênero, mostra o descrédito do futuro da economia maior entre as mulheres. Para 71% delas, a economia vai piorar, enquanto que, para os homens, 59% aguardam por dias mais complicados com as contas. Por regiões do país, o Sul encabeça a lista com 68% com um pé atrás sobre o futuro da economia do Brasil, seguido por Sudeste e Nordeste (66% cada) e Norte/Centro-Oeste (59%). Entre os desempregados, 72% já esperam pela economia ainda mais prejudicada no futuro, mesma impressão entre 69% dos funcionários públicos.


