Defesa da Precisa Medicamentos diz que operação da PF é ‘inadmissível’

Polícia cumpre mandados de busca e apreensão na sede da empresa nesta sexta (17)

[Defesa da Precisa Medicamentos diz que operação da PF é ‘inadmissível’]

FOTO: Reprodução/Redes Sociais/G1

A defesa da Precisa Medicamentos, empresa que entrou na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia por ter intermediado a aquisição de doses da vacina Covaxin entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech, disse nesta sexta-feira (17), em nota, que a empresa colaborou de todas as formas com as investigações da comissão e que, dessa forma, é “inadmissível”  a operação da Polícia Federal (PF).

Na manhã de hoje, a PF cumpre mandados de busca e apreensão na sede da empresa, em escritórios  e locais de armazenamento de distribuição de produtos na Grande São Paulo. De acordo com a polícia, os mandados acontecem em Barueri e Itapevi.

O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, escreveu sobre a operação no Twitter. "A CPI tentou de todas as formas obter essas informações e não logrou êxito. Fez-se necessário, para prosseguimento das apurações, a utilização deste instrumento judicial".

Conforme informações iniciais, a CPI busca documentos que comprovem que uma autoridade da alta cúpula do governo federal atuou em favor da compra da Covaxin. O contrato para a compra da Covaxin, de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses, é alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF), do Tribunal de Contas da União (TCU)e da PF.

Leia a nota da defesa na íntegra: 

É inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento e respondeu a quase 100 perguntas, enviou vídeo com esclarecimentos, termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1° de julho e 14 de julho.

Além disso, seus representantes, sempre que intimados, prestaram depoimentos à PF, CGU, além de ter entregue toda documentação ao MPF e TCU.

Portanto, a operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder as perguntas conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias. A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento.

Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados da Precisa Medicamentos
 


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