Defesa de Bolsonaro nega ligação do ex-presidente com tentativa de golpe

Advogado afirma que não há provas de participação e critica inconsistências na acusação do Ministério Público

Por Stephanie Ferreira , Lea Santana
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Atualizado
Defesa de Bolsonaro nega ligação do ex-presidente com tentativa de golpe

Foto: Farol da Bahia

O advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou nesta quarta-feira (3) que não há qualquer evidência que vincule o ex-presidente às acusações de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O julgamento, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), teve mais uma etapa concluída nesta quarta (3) e apura crimes previstos na reformulação da Lei de Segurança Nacional, sancionada em 2021.

À imprensa, o advogado de defesa declarou que o trabalho que deveria ser 'feito foi feito'. "[..] apresentamos os argumentos, acho que temos argumentos técnicos, e agora nós temos que aguardar.”, disse. 

Ele ressaltou que não há elementos que liguem Bolsonaro aos episódios investigados. “Então, na verdade, acho que a tônica da defesa é que não existe nenhuma ligação do presidente com o 8 de janeiro, com operação Copa, Punhal etc. Não tem absolutamente nada. O que houve foi apenas e não somente uma reunião no dia 17 de dezembro, e uma reunião, evidentemente, não é uma tentativa armada contra o Estado democrático de direito. Isso eu acho que está absolutamente claro na prova do processo.”

O advogado também questionou a falta de definição da acusação. “O Ministério Público, na verdade, não tomou uma decisão até agora sobre a acusação que tem feito. Na verdade o seguinte, ora diz que a minuta seria para prender o ministro Alexandre de Moraes, ora diz que o plano na verdade era matar, é prender ou matar? Não tem nem essa definição. Por que não tem essa definição? Porque não tem nenhuma prova que o presidente participou de absolutamente nada, a não ser o fato que ele próprio admitiu da reunião de 7 de janeiro.”

Celso Vilardi afirmou que o episódio não pode justificar uma pena tão severa. “Agora, uma conversa sobre medidas constitucionais que não cabiam e não foram tomadas, isso não pode levar uma pessoa a uma condenação de 30 anos de prisão.”, concluiu. 

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