Degelo acelerado em regiões polares é séria ameaça ao futuro
Cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados de permafrost podem ser perdidos até 2100

Foto: Getty Images
Dados de uma pesquisa publicada no periódico Nature Reviews, na última terça-feira (11), mostram que cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados de permafrost podem ser perdidos até 2100, mesmo que as mudanças climáticas sejam refreadas. A perda dessa quantidade de solo, segundo o estudo, pode trazer consequências sérias relacionadas à liberação de grandes volumes de dióxido de carbono na atmosfera.
A região do Ártico concentra cerca de metade dos 30 milhões de quilômetros quadrados de permafrost (solo congelado encontrado em regiões polares) presentes no planeta. Esse tipo de solo armazena quantidades altas de dióxido de carbono , aproximadamente o dobro da quantidade presente na atmosfera. Essa realidade pode fazer com que um volume maior de gases responsáveis pelo efeito estufa sejam liberados na atmosfera.
Além disso, o estudo aponta os incêndios no Ártico como fator de preocupação, uma vez que podem aumentar de 130% a 350% até a metade do século. “Um monitoramento mais detalhado, por meio de observações aéreas, in loco e via satélite, fornecerá um entendimento mais profundo sobre o futuro papel do Ártico como fonte de carbono e seu impacto subsequente no sistema terrestre”, diz um trecho da pesquisa.