Delator do esquema de propina no TJ-BA foi assassinado com 8 tiros em 2014
Quatro anos depois, executor da morte encomendada também foi assassinado

Foto: Divulgação
Quatro meses depois de denunciar o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2014, Genivaldo dos Santos Souza foi morto com oito tiros. Ele relatara que o TJ-BA havia recebido R$ 1,8 milhão de propina para garantir uma decisão judicial.
Quatro anos após o acontecimento, o homem contratado para executar a morte de Genivaldo também foi assassinado. A morte do matador de aluguel foi uma "possível operação de queima de arquivo", segundo decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes.
Segundo reportagem da UOL, Genivaldo dos Santos Souza havia registrado uma denúncia no cartório, da qual informava que o TJ-BA havia recebido propina que um réu tivesse a posse de imóveis na região de Formosa do Rio Preto (BA) no oeste baiano. O caso, segundo decisão liminar da desembargadora Maria da Graça Osório, foi comprada.
"Genivaldo dos Santos Souza foi executado em praça pública à luz do dia, com oito tiros, em 29/7/2014", afirmou Og Fernandes.
Quatro anos depois do ocorrido, o guarda municipal Otieres Batista Alves foi acusado como o executor do crime contra Genivaldo, "mediante paga ou promessa de recompensa". Em 3 de setembro de 2018, o homem veio "a ser vítima de homicídio com características de execução, numa possível operação de queima de arquivo", afirmou Fernandes com base nos documentos da Promotoria de Justiça do município de Formosa do Rio Preto.
O ministro Fernandes bloqueou ainda nesta terça-feira (19) R$ 581 milhões dos investigados no esquema de venda de sentenças e grilagem, além de afastar seis magistrados do tribunal, incluindo o presidente do mesmo, Gesivaldo Britto.