Deputado americano diz que Biden não é vingativo, mas que Brasil precisa ceder

Albio Sires pontua que Bolsonaro precisa se dar conta que não tem mais Trump nos EUA

[Deputado americano diz que Biden não é vingativo, mas que Brasil precisa ceder]

FOTO: Reprodução

De acordo com as declarações dadas pelo deputado americano Albio Sires, presidente da Subcomissão de Hemisfério Ocidental da Comissão de Relações Exteriores, em entrevista ao GLOBO, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden não é uma pessoa vingativa e não deve descontar no relacionamento com o Brasil as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. O democrata ainda afirmou que não há razão para o Brasil e os EUA serem inimigos, mas que Bolsonaro terá que ceder. 

"O presidente Biden não é vingativo. Ele está na estrada há muito tempo, já trabalhou com muitos líderes. Tenho certeza de que ele sabe que o relacionamento que o Brasil teve com Trump foi sobretudo por meio da Presidência. Ele vai querer melhorar o relacionamento, continuar a trabalhar com o Brasil, engajar o Brasil, ainda que, obviamente, há coisas que são importantes para nós, como direitos humanos e desmatamento. Mas não acho que a relação vá azedar por causa disso", disse Sires. 

O congressista respondeu sobre a possibilidade do impedimento da importação de produtos brasileiros no país, mas afirmou que se a relação chegar nesse ponto, Biden deve procurar o Brasil e perguntar como a situação pode ser resolvida. "Tenho confiança de que haverá conversas. Mas, claro, o Brasil tem que ceder um pouco também, não pode ser só de um lado", pontuou. 

"Mas acho também que o presidente do Brasil tem que se dar conta de que não tem mais Trump aqui nos EUA. Então tudo depende do Brasil também. Não é uma via de mão única", destacou o presidente da Subcomissão de Hemisfério Ocidental da Comissão de Relações Exteriores. 

Sires também frisou que os EUA pode ajudar o Brasil a conseguir mais vacinas contra a Covid-19 para o povo brasileiro, mas que Bolsonaro precisa cooperar e não ficar dizendo que ele não vai tomar a vacina. "É uma situação em que os líderes, o presidente, tem que ter um coração maior do que ele tem".


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