Descoberta de fosfina em Vênus é revisada por cientistas
Nova análise mostrou uma quantidade muito menor do gás no planeta

Foto: NASA / JPL-Caltech
Os dados da descoberta de fosfina na atmosfera de Vênus, anunciada em setembro por um grupo internacional de cientistas, sofreram uma revisão após um novo balanço divulgado nesta terça-feira (17): a quantidade do composto que foi encontrada é menor, o que pode significar que as chances de encontrar vida microbiana no planeta é mínima.
Segundo o novo artigo publicado no site da Cornell University, de Nova York, ao revisar parte dos dados da pesquisa original, os cientistas encontraram um erro de processamento no conjunto de dados de um dos telescópios usados para observar a superfície de Vênus.
De acordo com a revista científica Nature, o estudo só foi revisado após descoberta de interferência nos dados captados originalmente pelos telescópios. Com a revisão, os níveis médios de fosfina em Vênus seriam cerca de uma parte por bilhão, ou seja, sete vezes menor que o anunciado pelos cientistas inicialmente.
Uma das cientistas do grupo, a professora do MIT, nos Estados Unidos, Sara Seagers, postou o novo artigo em suas redes sociais e afirmou que os dados "recalibrados são menos ruidosos do que o original".
O artigo original foi publicado em 14 de setembro na "Nature" e explica que a descoberta da fosfina em Vênus é surpreendente porque as condições na superfície do planeta são hostis à vida.
A fosfina, por outro lado, é um gás que dificilmente seria produzido espontaneamente.