Desvio de dinheiro em meio à pandemia
Confira o nosso editorial desta terça-feira (12)

Foto: Divulgação/Pixabay
Depois da real e irresponsável politização do combate à covid-19 (novo coronavírus), entre trincheiras ideológicas e ataques sistemáticos contra qualquer movimento principalmente do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil em meio à pandemia está ainda fragilizado por investigações do mau uso do dinheiro público – leia-se compra de IPI’s ou material para testagem do vírus sem licitação, ou seja, um suposto massivo esquema de desvio de dinheiro.
As investigações sobre compras emergenciais na pandemia, pasmem, já estão em curso em ao menos 11 estados e Distrito Federal, que aproveitaram uma brecha na legislação brasileira. Desde fevereiro deste ano, passou a ser permitido compras sem licitação de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da pandemia, o que de forma alguma significa legitimar desvio de verba de uma determinada pasta à outra ou processos ilícitos entre empresas envolvidas no trâmite.
O Ministério Público Federal já recebeu mais de 400 denúncias, que ao depender do curso da investigação a cabo da Polícia Federal, podem virar processos criminais. Isso quando o suposto dinheiro é proveniente de repasse da União.
Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá e Santa Catarina são alguns dos estados cujos governos estaduais e/ou municipais são investigados, por diversas naturezas. Entre as práticas estão confusos contratos exorbitantes ou superinflacionados, produtos que não chegaram (mesmo por meio de pagamento integral) e obtenção de vantagens em contratos emergenciais.
É um alerta às autoridades baianas, que não se equivoquem em meio às licitações de insumos para a crise da covid-19. É lamentável que políticos consigam se embrenhar em tamanha desonestidade e insensibilidade, enquanto vidas são perdidas e o dinheiro, de todos, seja do Poder Público e dos cidadãos, se esgota diante de uma pandemia ainda longe de ser solucionada.


