Diabetes: 70% dos pacientes só descobrem a doença após terem complicações

Sete em cada dez pessoas diagnosticadas com diabetes descobrem a doença somente após o desenvolvimento de complicações, como dificuldades de cicatrização. Os números revelam um diagnóstico tardio da enfermidade, segundo dados do Atlas da Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

No cenário online, a diabetes lidera as pesquisas na internet, marcando o topo da lista com 766 itens, de acordo com dados do Google Trends compilados pelo g1 nos últimos 12 meses. Esse destaque reflete não apenas a prevalência da doença, mas também a crescente preocupação da população em entender os riscos associados.

A diabetes, muitas vezes silenciosa, contribui para um diagnóstico tardio. No Brasil, estima-se que 16 milhões de pessoas vivam com a doença, mas uma parcela significativa desconhece sua condição. O quadro aponta para a urgência de campanhas de conscientização e exames preventivos.

As projeções indicam que o país pode chegar a 19,2 milhões de casos de diabetes até 2030 e a 23,2 milhões até 2045. O crescimento exponencial alerta para a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e diagnóstico precoce.

Diagnóstico e prevenção

Ter o diagnóstico o mais cedo possível é crucial para a adoção de mudanças no estilo de vida, evitando complicações que afetam órgãos vitais, como olhos, rins, circulação sanguínea e o sistema nervoso.

O diabetes é uma doença crônica resultante do aumento da glicose no sangue. Quando a glicemia está alta, a capacidade do corpo de eliminar radicais livres é reduzida, comprometendo o metabolismo celular. Dificuldade de cicatrização e má circulação sanguínea são sintomas comuns, destacando a importância do diagnóstico precoce.

A perda de peso acentuada, micção frequente durante a noite, sede excessiva e visão turva são sinais frequentes na fase da pré-diabetes. A identificação desses sintomas é crucial para intervenções oportunas.