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Diagnóstico precoce da doença de Alzheimer pode ser feito através dos olhos, diz estudo

Neurologista aponta que doença começa no cérebro décadas antes dos primeiros sintomas de perda de memória

Por Da Redação
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Diagnóstico precoce da doença de Alzheimer pode ser feito através dos olhos, diz estudo

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Estudos têm explorado como os olhos podem ajudar no diagnóstico da doença de Alzheimer antes do início dos sintomas. Desta forma, se os médicos forem capazes de identificar a doença ainda no estágio inicial, as pessoas poderão fazer escolhas de estilo de vida saudáveis e controlar os “fatores de risco modificáveis, como pressão alta, colesterol alto e diabetes”, de acordo com o neurologista Dr. Richard Isaacson, do Instituto de Doenças Neurodegenerativas. 

Um estudo recente examinou tecidos doados da retira e do cérebro de 86 pessoas com diferentes graus de declínio mental. Os pesquisadores então compararam amostras de doadores com função cognitiva normal com aqueles com comprometimento cognitivo leve e aqueles com doença de Alzheimer em estágio avançado.

O estudo, publicado em fevereiro na revista Acta Neuropathologica, encontrou aumentos significativos no beta-amilóide, um marcador chave da doença, em pessoas com Alzheimer e declínio cognitivo precoce. As células microgliais diminuíram 80% naqueles com problemas cognitivos, segundo o estudo.

Essas são as células responsáveis por reparar e manter outras células, incluindo a eliminação de beta-amilóide do cérebro e da retina.

“Foram [também] encontrados marcadores de inflamação, que podem ser um marcador igualmente importante para a progressão da doença”, disse Isaacson, que não participou do estudo.

“As descobertas também foram aparentes em pessoas com sintomas cognitivos mínimos ou inexistentes, o que sugere que esses novos testes oftalmológicos podem estar bem posicionados para auxiliar no diagnóstico precoce”.

Ainda de acordo com o estudo, a atrofia do tecido e a inflamação nas células na periferia distante da retina foram mais preditivas do estado cognitivo.

“Essas descobertas podem eventualmente levar ao desenvolvimento de técnicas de imagem que nos permitam diagnosticar a doença de Alzheimer mais cedo e com mais precisão”, disse Isaacson, “e monitorar sua progressão de forma não invasiva, olhando através do olho”.

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