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Dietas restritivas tem como maiores motivadores a saúde, o humor e o peso

Estudiosos do Brasil e de Portugal analisaram as principais motivações que levam as pessoas a seguirem dietas restritivas

Por Da Redação
Dietas restritivas tem como maiores motivadores a saúde, o humor e o peso
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Seguir dietas restritivas é uma desafiadora e que pode trazer riscos à saúde, uma vez que significa tirar por completo certos alimentos do cardápio e diminuir muito a quantidade de calorias ingerida no dia.

Para a maioria das pessoas, a preocupação com a saúde, humor, controle do peso e ética, além da preferência pelo consumo de produtos naturais, está entre as principais razões que as motivam a seguirem com a estratégia alimentar restritiva, afirma um estudo feito por pesquisadores brasileiros e portugueses.

A descoberta foi publicada no periódico Perceptual and Motor Skills em outubro de 2023. Cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, em Portugal, acreditam que o achado pode orientar pesquisas futuras sobre comportamento alimentar.

Para fazer o estudo, os pesquisadores entrevistaram 1,2 mil brasileiros com média de idade de 25 anos. Cerca de 70% deles eram mulheres.

A partir de dados coletados por meio de dois questionários, foram examinados três comportamentos alimentares marcantes na população: restrição alimentar cognitiva, em que se restringe a alimentação intencionalmente com a adoção de qualquer tipo de dieta; alimentação emocional, guiada por sentimentos; e descontrole alimentar, caracterizado pelo consumo de grandes quantidades de alimentos em um curto período.

Os pesquisadores relacionaram cada um dos comportamentos a nove motivos associados às escolhas alimentares: saúde, humor, conveniência, apelo sensorial, conteúdo natural, preço, controle do peso, familiaridade e preocupação ética.

Essa associação foi feita através de uma técnica estatística que analisa a relação entre variáveis que supostamente seriam vistas como não observáveis, como estado de humor e intenção de restringir o consumo de alimentos.

Os pesquisadores observaram que, quanto mais as pessoas restringem cognitivamente sua alimentação (intencionalmente), mais elas escolhem os alimentos por questões de saúde, humor, conteúdo natural, controle do peso e preocupação ética.

Por outro lado, quem se alimenta de forma emocional é mais guiado pelo humor do que por fatores como saúde ou escolha por opções naturais.

“Resumindo, há maior suscetibilidade de esses adultos optarem por alimentos considerados palatáveis, como aqueles ricos em açúcares e gorduras”, afirma o nutricionista Wanderson Roberto da Silva, professor da Unesp e autor do estudo, em entrevista à Agência Fapesp.

Por fim, as pessoas sem controle sobre a alimentação, que comem sem pensar em quantidade, horários ou porções, escolhem os alimentos por conveniência. “Elas ingerem o que há na frente pelo fato de serem atrativos, por apelo sensorial, preço ou familiaridade”, explica Silva.

Os autores acreditam que o levantamento pode ajudar a guiar profissionais da área de saúde e gestores de políticas públicas na elaboração de estratégias para estimular comportamentos alimentares saudáveis e adequados ao contexto socioeconômico e cultural em que cada pessoa está inserida, sem restrições severas e atitudes inflexíveis.

“Investir em mudanças dietéticas pensando apenas no que se consome tem grandes chances de falhar. Dietas altamente restritivas, por exemplo, tendem a gerar comportamentos inflexíveis e obsessivos, que causam dificuldades biopsicossociais, como deficiências de nutrientes, afastamento de ambientes sociais e sofrimento emocional”, diz Silva.

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