Diferente do mundo, Brasil enfrenta pior momento da pandemia
País registrou mais de 53 mil casos confirmados na sexta-feira (26)

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O mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), tem registrado queda no número global de casos e mortes ocasionadas pela Covid-19, pela sexta semana seguida. Foram 836.463 casos de Covid-19 (10 de janeiro) para 314.816 (22 de fevereiro), e 16.667 mortes (28 de janeiro) para 7.658 (22 de fevereiro). Os números, no entanto, ainda revelam o pior momento no enfrentamento da pandemia.
Até anteontem (26), o país registrou uma média móvel de 1.153 mortes, este é o maior número em todo o período da pandemia, de acordo com o boletim do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Foi o terceiro recorde consecutivo deste índice, que já notificou mais de 252,8 mil mortes até agora.
A média móvel dos casos também tem aumentado e preocupado autoridades sanitárias desde o início de fevereiro, atingindo 53.422 ontem (26). Com isso, são mais de 10,45 milhões de infecções desde o início da pandemia, em 2020.
Para tentar frear o crescimento dos números e evitar que os sistemas de saúde colapsem, alguns Estados e municípios têm adotado medidas rígidas de isolamento, como lockdowns e toque de recolher, na esperança de reverter o caso e diminuir as internações.
A especialista e virologista da Universidade de Leicester, no Reino Unido, Julian Tang, ouvida pela BBC, pontua que é necessário ter cautela e não baixar a guarda com a tentativa de ter uma queda nos dados de casos, leitos e mortes. "O vírus ainda está por aí. Há muitos vírus em circulação. Não estamos falando de algumas centenas de casos por dia como em julho do ano passado. Estamos vendo de 5 mil a 10 mil por dia no Reino Unido", lembra Tang.
"Se você flexibilizar tudo, terá outro aumento acentuado. Pode não haver tantas mortes e hospitalizações, porque as pessoas mais velhas e mais vulneráveis ??agora estão mais protegidas, mas você verá um aumento entre os jovens e nos casos de covid de longa duração."