Após faltar na terceira convocação à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o ministro de Justiça e Segurança Pública Flávio Dino conversou com o presidente Arthur Lira (PP-AL) sobre a ida dele à Casa para falar sobre os mais diversos assuntos como os atos golpistas de 8 de janeiro; a regulamentação das armas; invasão de terras e supostas interferências na Polícia Federal. As informações são da coluna de Lauro Jardim, do O Globo. 

A pedido de Dino, a inquirição será feita em uma numa da Comissão Geral no plenário da Câmara, no dia 12 de dezembro. Lira alertou o ministro de que num ambiente como esse são maiores as dificuldades políticas e mais diretos os confrontos, mas ele decidiu seguir com a ideia.

Em ofício encaminhado a Lira, o ministro afirmou ser alvo de ameaças proferidas por parlamentares e alegou falta segurança para comparecer ao colegiado. No documento, ele argumenta que algumas manifestações de deputados de oposição à atual gestão federal equivalem a ameaças contra sua integridade e afirma ter sido orientado a não comparecer à sessão. Dino reproduz fotos de parlamentares governistas e de oposição quase chegando às vias de fato para apontar o “inusitado clima agressivo, hostil e de desordem” que, segundo ele, marca os trabalhos da comissão.