Distribuição de tamiflu é 160% maior do que a de cloroquina para tratamento da Covid-19 no Brasil

O fármaco foi o mais distribuído pelo governo federal durante a pandemia

[Distribuição de tamiflu é 160% maior do que a de cloroquina para tratamento da Covid-19 no Brasil]

FOTO: Reprodução

O antiviral oseltamivir, mais conhecido pelo nome popular tamiflu, foi o fármaco mais distribuído pelo governo federal durante a pandemia, com 160% a mais do que a quantidade da cloroquina entregue.

Enquanto o remédio divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde a chegada da doença no Brasil teve 5.653.700 unidades destinadas a pessoas infectadas com a Covid-19, a distribuição do tamiflu chegou a 14.711.010, segundo dados do sistema de transparência do Ministério da Saúde, Localiza SUS.

De acordo com José Tadeu Colares Monteiro, pneumologista da Comissão Científica de Infecções Respiratórias e Micoses da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a lógica usada nesses tratamentos, é a mesma da campanha de vacinação contra a gripe, que tinha como meta a vacinação de 90% da população, como forma de facilitar um eventual diagnóstico do novo coronavírus, pois, em tese, a pessoa vacinada que apresentasse os sintomas não estaria gripada.

Em maio, o Ministério da Saúde emitiu um parecer técnico, em caráter excepcional, priorizando o fosfato de oseltamivir nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), bem como para quadros de síndrome gripal que se enquadrasse nos grupos de risco nos quais estão as grávidas, pessoas com doença renal crônica, doenças crônicas no fígado, imunodeprimidos e obesos mórbidos.

Segundo o parecer técnico, a pasta sustentou que os sintomas iniciais da Covid-19 são muito semelhantes aos da gripe. No documento, a pasta expõe que houve um aumento considerável do consumo do tamiflu no início da pandemia. Neste ano, o ministério havia considerado o aumento de anos anteriores e feito a programação para um cenário sem pandemia.

Por causa desta decisão, os estoques dos almoxarifados centrais do ministério rapidamente se esgotaram. O governo precisou recorrer a uma compra emergencial, no mercado externo, para reequilibrar os estoques.


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