Coronavírus
O valor total da compra foi o equivalente ao gasto de R$ 782 mil aos cofres públicos
FOTO: Reprodução
O laboratório do Exército Brasileiro (LQFEx) comprou, em maio, insumos a base de cloroquina em uma empresa de Minas Gerais por um valor 167% mais alto do que uma compra anterior que foi realizada dois meses antes, período anterior à pandemia. O custo total da compra é o equivalente a R$ 782,4 mil dos cofres públicos.
Documentos obtidos pela CNN Brasil revelam que, no ato da compra, o LQFEx não contestou o preço dos dois lotes comprados e apenas pediu esclarecimentos para a empresa depois que a compra virou alvo de uma investigação no Tribunal de Contas da União (TCU).
Os arquivos mostram que o grupo Sul Minas, responsável pela venda, forneceu ao Exército 300 kg de difosfato de cloroquina, insumo utilizado como base do remédio, pelo preço de R$ 488/kg em março deste ano, equivalente ao mesmo preço registrada em uma compra feita em 2019.
Porém, em maio, a compra de 600 kg do produto foi feita pelo valor de R$ 1.304/kg, sob a alegação de que os custos internacionais subiram, já que ela não fabrica o produto e apenas importa da Índia.
Diante da contestação recente, em uma carta, um dos responsáveis pela empresa, Marcelo Mazzaro, alegou ao laboratório que a fabricante e fornecedora do produto, aumentou o preço 300% em março deste ano e em 600% em abril devido às demandas durante a pandemia. Além disso, ele alegou que o valor sofreu acréscimo de 300% por causa do custo do frete internacional e a variação cambial de 45%. Porém, os valores totais resultantes das variações não foram apresentados.
Recentemente, a Procuradoria-Geral da República recebeu uma denúncia sobre a compra e a situação será analisada para averiguar possível instauração de inquérito.
Comentários
Relacionadas
Veja Também
País desempenhou um papel central na aprovação da resolução
Fique Informado!!
Deixe seu email para receber as últimas notícia do dia!