Documentos encontrados pela PF indicam que site The Intercept Brasil recebeu pagamentos do PCC

Site nega as acusações alegando que as informações são mentirosas

[Documentos encontrados pela PF indicam que site The Intercept Brasil recebeu pagamentos do PCC]

FOTO: Reprodução / The Intercept Brasil

A Polícia Federal interceptou documentos em uma operação que investiga a facção criminosa PCC, que planejava uma série de atentados contra a vida de políticos, incluindo o senador Sérgio Moro. Nestes documentos, foi apontado que o site The Intercept Brasil recebeu pagamentos da facção, como uma espécie de prestação de contas entre os criminosos. 

Os documentos também apontam uma série de gastos com advogados, viagens, encontro com políticos, e a indicação do "Projeto M - Parte I e II", onde o site aparece citado. 

Em nota, o site negou as acusações afirmando que as informações são mentirosas, e que o relatório da PF não cita o nome da pessoa que teria escrito o documento. 

ConfiraoposicionamentodoInterceptnaíntegra:

Na noite de quinta-feira, 23, nossa equipe foi surpreendida por um e-mail do jornalista Marc Sousa, coordenador de jornalismo da Jovem Pan no Paraná e afiliado do R7. Ele afirmou que estava fazendo uma reportagem sobre supostas doações do PCC ao Intercept, descritas em um ofício da Polícia Federal. O documento faz parte dos autos da investigação sobre os supostos planos da facção paulista contra o ex-juiz Sergio Moro – que seria um dos alvos de um plano do PCC para sequestrar e assassinar autoridades públicas. 

O jornalista pediu nosso posicionamento. Respondemos com a verdade: não, o PCC jamais pagou qualquer valor para o Intercept, e qualquer afirmação nesse sentido é mentirosa. O jornalista mandou as perguntas à noite, com menos de 12 horas para resposta. Ainda assim, nossa equipe trabalhou durante a madrugada para procurar os 17 nomes mencionados no relatório que consta no despacho. 

Nenhum deles consta na nossa base de apoiadores. 

Além disso, curiosamente, não há no relatório da PF menção ao nome da pessoa que teria escrito tal documento. Imediatamente após a referência ao Intercept, há linhas citando “assinaturas de 2 revistas internacionais” e “assinaturas de revistas nacionais” — fatos não citados na nota do jornalista, publicada em um site que faz parte do portal R7. 

Mas, como era de se esperar, a nota foi ao ar. E nela sequer havia o posicionamento do Intercept, enviado 40 minutos antes da publicação do texto e dentro do prazo exigido pelo jornalista. O autor afirma que procurou o Intercept e “não teve resposta”. É uma mentira intencional ou uma falha grosseira dos padrões jornalísticos, se não ambos. Somente após uma conversa no WhatsApp, na qual exigimos que nossa resposta fosse publicada, o texto foi atualizado com nosso posicionamento.


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