Dois policiais civis são presos em operação contra vazamento de informações sigilosas na Polícia de SP
Investigação acontece em desdobramento de operação que prendeu policiais e advogado delatados por Vinicius Gritzbach

Foto: Reprodução/TV Globo
Dois policiais civis e um empresário foram presos, na manhã desta quinta-feira (25), em operação da Polícia Federal (PF) e Ministério Público contra um esquema criminoso de vazamento de informações sigilosas dentro da polícia de São Paulo.
Nas casas dos alvos presos, que não tiveram as identidades divulgadas, a PF encontrou dinheiro, armas e até um helicóptero que foi apreendido por decisão judicial. O bloqueio de bens na operação pode chegar a R$ 12 milhões.
Além dos três mandados de prisão preventiva, são cumpridos nove de busca e apreensão (cinco na capital paulista, três na região metropolitana de São Paulo e um em Praia Grande).
As investigações apontam que o grupo favorecia ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais mediante o pagamento de propinas. Entre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o repasse clandestino de informações protegidas por sigilo e a intermediação ilícita e apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos.
A operação batizada como Augusta, acontece em desdobramento da Operação Tacitus, que prendeu cinco policiais, um advogado e um empresário delatados por Vinicius Gritzbach, executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Na Tacitus, um dos presos foi o policial civil Marcelo Marques de Souza, o "Bombom", que também é alvo dessa nova operação. Não há detalhes de qual tipo de ordem judicial foi cumprida contra ele. O esquema foi descoberto após análise do celular de Bombom, apreendido em 2024.
Os agentes públicos são acusados de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As investigações seguem em andamento sob sigilo.
A Operação Augusta é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo e conta com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.