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Dólar aumenta e Bolsa afunda às vésperas para o tarifaço de Trump entrar em vigor

Mercados acompanham o reboque das sobretaxas impostas pelo republicano

Por Da Redação
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Dólar aumenta e Bolsa afunda às vésperas para o tarifaço de Trump entrar em vigor

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar teve aumento de 0,52% em comparação ao real, cotado a R$ 5,59, nesta segunda-feira (28). O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), encerrou o dia em queda de 1,05%, aos 132.127 pontos. Os dois mercados, tanto o de câmbio quanto o de ações, tiveram como principal vetor as notícias sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

O cenário interno, em relação ao tema, continua com o impasse para chegar a um acordo entre Brasil e EUA. No dia 9 de julho, Trump comunicou sobretaxa de 50% sobre os produtos importados pelos brasileiros. A previsão para as medidas entrarem em vigor é nesta sexta-feira, 1º de agosto. Até o momento, não existe perspectiva de adiamento da cobrança, segundo informações do portal Metrópoles. 

Pelo mundo, os investidores reagiram ao anúncio do acordo entre EUA e União Europeia, comunicado no domingo. Ele colocou tarifas de 15% sobre a maior parte das importações do bloco europeu para os americanos, abaixo dos 30% fixados inicialmente por Trump. O acerto comercial assegurou também a compra de US$ 150 bilhões em energia por parte da UE, bem como investimentos europeus adicionais de US$ 600 bilhões. 

Força do dólar  

Houve um fortalecimento global do dólar nesta segunda-feira (28), como resultado dessas medidas. No horário das 9h50, o índice DXY, que afere a força da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos, registrava elevação de 0,59%. Às 16h, o aumento já passava de 1%. Moedas de países emergentes ainda cediam frente ao dólar nesse horário. 

Contudo, as pazes feitas com os EUA não foram bem recebidas por alguns líderes da UE. O primeiro-ministro francês, François Bayrou, afirmou, em uma publicação na rede social X, que o acordo foi um "dia sombrio para os europeus", já que o bloco se mostrou "submisso" aos interesses estadunidenses. 

Europeus desanimados  

Os investidores não reagiram bem às medidas comunicadas. As bolsas europeias encerraram o dia em queda. O índice Stoxx 600, que reúne empresas de 17 países, registrou baixa de 0,23%. As ações do setor automotivo diminuíram 0,78%. O DAX, de Frankfurt, caiu 1,02%; o CAC 40, da França, recuou 0,43% — mesma variação negativa do FTSE 100, de Londres.

Analistas internacionais acreditam que, ainda que o acordo tenha diminuído as incertezas sobre as relações comerciais entre EUA e UE, as tarifas americanas sobre produtos importados europeus foram elevadas em quase seis vezes em comparação aos níveis vigentes antes do Dia da Libertação, quando Trump comunicou as novas sobretaxas. 

Bolsas americanas  

Os investidores também não ficaram satisfeitos com as notícias no mercado de capitais dos EUA. Por volta das 16h, dois dos principais índices de Nova York operavam em baixa. O S&P 500 caía 0,11%, e o Dow Jones recuava 0,24%. Já o Nasdaq, que reúne empresas do setor de tecnologia, ia na direção contrária, com alta de 0,18%.

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