Dólar chega na casa dos R$ 5,25 nesta quarta-feira
Mercado acompanha definição da Selic e situação do coronavírus

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O dólar comercial reverteu a tendência de queda dos primeiros momentos do pregão e opera em alta nesta quarta-feira (17). Às 10h20, a moeda americana avançava 0,3%, valendo R$ 5,254. Nesta sessão, os investidores dividem suas atenções entre a espera da reunião do Banco Central (BC) que vai definir o patamar de juros no Brasil e os casos de coronavírus em economias que estão reabrindo.
O Ibovespa (índice de referência da Bolsa de SP) sobe 0,68%, aos 94.169 pontos. No fechamento do mercado, por volta das 18h, o Copom (Comitê de Politica Monetária) vai divulgar qual será o patamar da Selic (taxa básica de juros) no país. A aposta do mercado é que seja feito um corte de 0,75 ponto percentual. Caso assim seja, os juros no Brasil caem de 3% para 2,25% ao ano, menor patamar da História.
A maior atenção dos investidores, porém, não é sobre o corte nesta reunião. Eles aguardam o comunicado da autoridade monetária à procura de pistas que indiquem se este é o último corte do ano ou se o BC projeta outras reduções na Selic até o fim de 2020.
"O mercado tem consenso de queda na Selic na reunião de hoje, o que ele quer saber é se o BC vai deixar a porta aberta para cortes futuros ou não", indica Álvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais. "Esta sessão tende a ter um viés positivo, apoiada pela cena externa que, mesmo com notícias sobre coronavírus e tensões políticas, consegue se manter positiva.", completa.
Exterior
Na agenda externa, os investidores seguem atentos à reabertura de economias e ao avanço, em algumas destas regiões, do coronavírus. Regiões como Texas e Flórida, nos Estados Unidos, e Pequim, na China, preocupam por conta do aumento de casos após a retomada das atividades.
O temor de uma segunda onda, por enquanto, é ofuscado pelas medidas do governo americano para impulsionar a economia. O Banco Central dos Estados Unidos vai comprar títulos individuais de empresas privadas, e o presidente Donald Trump planeja um pacote de US$ 1 trilhão para impulsionar a infraestrutura do país.


