Dono da Precisa diz à PF que ‘foi orientado’ a telefonar para servidor da Saúde para tratar da vacina Covaxin
Francisco Maximiano prestou depoimento no dia 22 de julho
O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, disse no dia 22 de julho, em depoimento à Polícia Federal (PF), que “foi orientado” a telefonar para um servidor do Ministério da Saúde para esclarecer dúvidas sobre a vacina indiana Covaxin. Na ocasião, ele disse ainda que o imunizante contra a Covid-19 seria vendido à pasta por intermédio da empresa dele. Contudo, o empresário não disse quem deu a orientação. A informação é do jornal O Globo.
O depoimento aponta que foi por esse motivo que o empresário telefonou para o servidor Luís Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que relatou ter sofrido pressões para autorizar a importação da vacina Covaxin. Maximiano negou a acusação e disse que a ligação foi para “se colocar à disposição”.
Mantido sob sigilo, o depoimento foi prestado à PF no inquérito que apura suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso Covaxin, por não ter pedido investigação da polícia a respeito dos fatos relatados pelos irmãos Miranda. Ainda em depoimento, Maximiano afirmou que, no dia 19 de março deste ano, participou de uma reunião "com diversos servidores do Ministério da Saúde", dentre eles o então secretário-executivo Élcio Franco, que comandou a reunião. O diretor da Precisa afirmou que, no encontro, foi abordado o cronograma de entrega do imunizante, dentre outros assuntos.