Dono do clube Brighton é acusado de liderar esquema de apostas em jogos de futebol

O dono do clube inglês Brighton, Tony Bloom, foi acusado de liderar um esquema de apostas que lucrou mais de 600 milhões de libras (R$ 4,2 bilhões na cotação brasileira) em jogos de futebol. As alegações foram obtidas pelo jornal The Times, nesta quarta-feira (3). 

Uma ação judicial é movida no Tribunal Superior de Londres por Ryan Dudfield, ex-funcionário da empresa Starlizard, uma consultoria de apostas pertencente a Bloom, que também detém uma participação de 29% no Royale Union Saint-Gilloise, atual campeão belga.

Segundo o The Times, o empresário havia recebido autorização da Federação Inglesa (FA) para conduzir operações de apostas e 2014. No entanto, ele estava impedido de apostas em jogos do Brighton e qualquer outro clube da Premier League. 

O ex-funcionário reclama de uma dívida de 17 milhões de libras (R$ 124 milhões), resultantes de lucros das atividades. Na ação, ele também cita o nome de George Cottrell, antigo assessor do líder do Partido Reformista do Reino Unido, Nigel Farage, preso por lavagem de dinheiro em 2017. Segundo Dudfield, algumas contas offshore realizadas nas apostas eram ligadas a Cottrell, que atuava como laranja no esquema. 

O jornal The Times afirma que "os advogados de Bloom rejeitarão qualquer sugestão de que seu grupo tenha feito apostas em partidas da Premier League ou em jogos envolvendo times da primeira divisão nos 11 anos desde que a FA introduziu sua isenção".