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Doria pode adotar medidas mais restritivas após baixo isolamento no feriado

Governador de São Paulo não descarta a possibilidade de aplicação de multas e até prisão para quem desrespeitar o distanciamento

Por Da Redação
Doria pode adotar medidas mais restritivas após baixo isolamento no feriado
Foto: Reprodução / Carta Capital

O governador João Doria (PSDB) afirmou que poderá adotar medidas mais restritivas se as pessoas não se isolarem de maneira voluntária. Segundo o governo, para que o sistema de saúde dê conta de atender os pacientes que serão infectados pelo novo coronavírus, 70% da população precisa ficar em casa.

Nenhuma das 40 cidades paulistas monitoradas pelo governo de São Paulo alcançou nos últimos dias a taxa de isolamento social desejada pelo Estado. 

Levantamento divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que a taxa média subiu nos últimos dias - passou de 47% na quinta-feira para 55% no sábado -, mas continua baixa. O índice de isolamento vem sendo medido pelo governo paulista com o apoio das operadoras de telefonia e é referente a 40 cidades com população acima de 30 mil habitantes.

Especialistas apontam que a taxa de isolamento de 70% faz com que o vírus se alastre de forma mais lenta, fazendo com que as pessoas sejam contaminadas num período de tempo maior. Isso possibilita que a estrutura de saúde dê conta de atender à população.

Doria, que já ampliou as regras de restrição do convívio social até o dia 22 deste mês, afirmou que não descarta medidas mais restritivas, como aplicação de multas e até prisão para quem desrespeitar o distanciamento. "Espero que não tenhamos de chegar nesse patamar, mas se for necessário faremos em defesa da vida", afirmou Doria, na Sexta-feira.

"Vamos fazer o teste no final de semana. Se não elevarmos esse nível, que hoje é de 50%, para mais de 60% e caminharmos para 70%, na próxima semana, o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo tomarão medidas mais rígidas", disse o governador.

Nota da AGU

A fala de Doria gerou reação da Advocacia-Geral da União. Em nota no fim de semana, o advogado-geral da União, André Mendonça, disse aguardar informações do Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária "para a propositura de medidas judiciais cabíveis com o objetivo de garantir a ordem democrática e a uniformidade das medidas de prevenção à covid-19".

"(...) Medidas isoladas, prisões de cidadãos e restrições não fundamentadas em normas técnicas emitidas pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa abrem caminho para o abuso e o arbítrio. Medidas de restrição devem ter fins preventivos e educativos - não repressivos, autoritários ou arbitrários."
 

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