Drauzio Varrella afirma que ‘vacina não vai resolver o problema atual’ da pandemia de Covid-19

Brasil está próximo de atingir 100 mil óbitos

[Drauzio Varrella afirma que ‘vacina não vai resolver o problema atual’ da pandemia de Covid-19]

FOTO: Divulgação

O Brasil, segundo país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no mundo, aguarda por uma vacina contra a Covid-19. Pelo menos quatro estão em fase de testes, porém ainda deve demorar para chegar até à população.

O oncologista Drauzio Varella, alerta que a vacina pode demorar e que medidas como distanciamento social e uso de máscara precisam ser mantidas a fim de que o país contenha o avanço da pandemia. O Brasil está próximo de atingir a marca de 100 mil óbitos.

“A vacina não vai resolver o problema atual. [Com os testes das vacinas,] os políticos erram muito. Dão à população uma falsa segurança, que daqui a pouco vamos voltar aos estádio, aos bares”, disse em entrevista à Globonews nesta quinta-feira (6).

Ele disse ver uma “estupidez” nos que se recusam a usar máscaras quando saem às ruas durante uma pandemia. “Pode ser que quando chegue, essa vacina não seja mais tão necessária assim. Até o meio do ano que vem, pode ter virado uma gripe, uma pneumonia mais arrefecida. Agora é a hora de evitar a aglomeração, de usar máscara. Não usar máscara agora é um absurdo tão grande. O que leva um cidadão a não usá-la? É uma estupidez. Por que no auge de uma epidemia a pessoa não usa máscara?”, indagou o médico.

Duas vacinas já estão em estágio avançado de testes no país: a de Oxofrd (em parceria com a Fiocruz, no Rio de Janeiro) e a da Sinovac (em parceria com o Instituto Butatan, em São Paulo).

“Se você pegar a história das vacinas, não tem nenhuma produzida em meses. Elas levaram anos para serem feitas. Precisa mostrar que a vacina tem capacidade de imunizar contra a doença, e isso leva tempo. Nessa daqui, a pressão é tão grande que vamos ter estudos mais ou menos completos. Serão estudos iniciais ainda”, pontuou.

Segundo ele, em um país continental há diversos desafios a serem vencidos para que a vacina chegue a todos os cantos do Brasil.

“Aí vamos ter outro problema. Vamos dizer que tudo corra bem com essas duas vacinas testadas no Brasil. Vamos ter a fase de fabricação, e quem tem que ser vacinado no Brasil? São 210 milhões de pessoas. Não temos experiência anterior com uma vacina que precisasse para tanta gente. Como vão ser preparadas as vacinas? Como vão ser as instalações? Teremos frascos para embalar todas elas?”, ponderou.

 

 


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