"É uma atitude de covardia", afirma Padilha sobre cancelamento de vistos de esposa e filha pelos EUA
O ministro da Saúde questionou o motivo da aplicação da sanção contra sua filha, de 10 anos, e citou o deputado Eduardo Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chamou, nesta sexta-feira (15), o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos de "ato covarde". Padilha está com o visto vencido desde 2024, por isso, não é possível cancelá-lo.
Por estar cumprindo agenda de compromissos em Pernambuco, o ministro revelou que soube da sanção por meio de uma mensagem enviada por sua esposa. A mulher e sua filha foram notificadas por meio de comunicados enviados pelo Consulado-Geral norte-americano em São Paulo.
Padilha questiona o motivo do governo dos Estados Unidos ter aplicado uma sanção contra sua filha, que tem apenas 10 anos. Além disso, ele critica o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem articulado com integrantes do governo norte-americano sanções contra autoridades do Supremo, como forma de pressionar o Brasil, em especial o Supremo Tribunal Federal (STF), a não julgar o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de estado.
"As pessoas que fazem isso e o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar. Não para mim, nem só para o Brasil, mas para o mundo inteiro: qual o risco que uma criança de 10 anos de idade pode ter para o governo americano?", questionou Padilha, em entrevista à GloboNews.
"Estou absolutamente indignado. É uma atitude de covardia", acrescentou.
Ele ainda afirmou que Eduardo montou, junto a aliados, "um verdadeiro escritório do lobby da traição nos Estados Unidos".
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