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Economista-chefe do FMI afirma que crise atual é 'diferente de tudo o que o mundo já viu’

Ela afirmou que os pobres vão sofrer consequências devastadoras

Por Da Redação
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Economista-chefe do FMI afirma que crise atual é 'diferente de tudo o que o mundo já viu’

Foto: Michael Melo/Metrópoles

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gina Gopinath, disse nesta terça-feira (16), que a crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19 é "diferente de tudo o que o mundo já viu.” Essa crise, apontou ela, terá "consequências devastadoras" para os mais pobres.

"É realmente uma crise global. Crises passadas, ainda que profundas e severas, permaneceram confinadas a segmentos menores do mundo, da América Latina nos anos 1980 à Ásia nos anos 1990. Mesmo a crise financeira global de dez anos atrás teve efeitos mais modestos sobre a produção global", pontuou.

A estimativa é de que, pela primeira vez desde a Grande Depressão, tanto economias avançadas quanto em desenvolvimento sofram com a recessão este ano. A próxima edição das estimativas do FMI para a economia mundial, esperada para junho, deverá mostrar quedas ainda piores do que as estimadas anteriormente – em março, o fundo estimava queda de 3% no PIB global e de 5,5% no brasileiro.

Segundo a economista, há três diferenças marcantes entre crises passadas e a atual. A primeira são os efeitos sentidos pelo setor de serviços. Em crises típicas, a indústria costuma registrar as piores quedas, refletindo a queda nos investimentos, enquanto os serviços são pouco afetados. Este ano, no entanto, os serviços estão entre os mais prejudicados.

A segunda diferença é o comportamento dos preços: apesar do forte choque de demanda, exceto pela alta registrada nos preços dos alimentos, tem sido observada uma queda na inflação e nas expectativas de inflação tanto em economias avançadas quanto em emergentes.

A terceira diferença vem dos mercados financeiros, que apresentam uma 'notável divergência' em relação à economia real, com indicadores financeiros apontando para perspectivas mais fortes de recuperação do que a atividade real sugere.

 

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