Edson Fachin nega pedido de liberdade a filhos do Pastor Everaldo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, rejeitou na quarta-feira (2), um pedido de liberdade feito por Laércio e Filipe Pereira, filhos do Pastor Everaldo, presidente do PSC, ambos presos na última sexta (28), no âmbito da operação Tris In Idem, que também levou ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A decisão só foi divulgada nesta quinta-feira (3).

Segundo as investigações, Pastor Everaldo usou laranjas, imóveis, offshore e depósitos fracionados para lavar recursos desviados de contratos do governo do Rio de Janeiro. Os dois filhos dele são acusados de participar do mesmo grupo. Os filhos do Pastor disseram ao STF que a prisão dos dois seria uma forma de obrigá-los a prestar depoimento. Com isso, a medida decretada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ),  Benedito Gonçalves, teria desrespeitado a decisão da Corte sobre a possibilidade de condução coercitiva de investigados.

Na decisão, o ministro afirmou que o pedido era "incabível" porque não ficou clara, no caso, a relação entre a prisão dos dois e o entendimento do STF que proibiu a condução coercitiva. Na última terça-feira (1°), a prisão temporária do Pastor Everaldo foi prorrogada pelo ministro do STJ. O político foi citado na delação premiada do ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, preso por corrupção. A delação aponta ainda que Pastor Everaldo mandava na área da saúde do governo estadual.