Eleições na Argentina: entenda a disputa presidencial em meio à crise econômica
Milhões de argentinos vão às urnas neste domingo para escolher o próximo chefe do Executivo

Foto: Finizio
A Argentina enfrenta uma eleição crucial neste domingo, 22 de outubro, com o país em meio a uma grave crise econômica. A inflação disparou para quase 140% ao ano, o dólar segue em alta e a pobreza atinge 40% da população. O favorito na corrida presidencial é o libertário Javier Milei, que conquistou espaço na política argentina com discursos radicais, como a dolarização da economia, mas também gerou polêmicas ao defender a venda de órgãos e negar o número de vítimas da ditadura argentina.
Nas primárias, a coalizão de oposição "Juntos pela Mudança" ficou em segundo lugar, com Patricia Bullrich como sua representante. Os peronistas, que atualmente governam o país, ficaram em terceiro lugar, liderados pelo ministro da economia, Sergio Massa. Massa busca representar a continuidade do governo, que enfrenta uma profunda impopularidade devido a crises internas e a inflação descontrolada. Ele propõe uma política de estímulo às exportações e redução dos gastos.
Um eventual segundo turno nas eleições argentinas permanece incerto, com pesquisas indicando vantagem para Milei, mas um grande número de eleitores indecisos, votos brancos e nulos tornam o cenário imprevisível. A participação do eleitorado será determinante. Milei poderia se tornar o primeiro presidente libertário da Argentina, marcando uma mudança significativa em um país que foi dominado por peronistas nas últimas duas décadas.