Em 2019, mulheres ocupavam 36,2% dos cargos de chefias na Bahia, diz IBGE
O estado é o nono colocado na lista dos estados brasileiros com menor participação de mulheres em cargos de gerência
Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, em 2019, as mulheres ocupavam pouco mais de um terço dos cargos gerenciais, ou seja, 36,2% nos locais de trabalho. Os dados fazem parte da pesquisa "Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil".
De acordo com o estudo, a Bahia é a nona colocada na lista dos estados brasileiros com menor participação de mulheres em cargos de gerência. A colocação é a mais baixa do Nordeste. O Mato Grosso tem a menor taxa de participação com 30,6%, enquanto o estado com maior participação de mulheres em cargos de chefia é o Piauí, com 53%, único estado onde a maioria das pessoas em cargos de chefia é mulher.
Com relação a ocupação de postos de trabalho em geral, a presença feminina também é menor do que a masculina na Bahia. Em 2019 as mulheres, ocupavam 43,0% dos cerca de 5,8 milhões de postos de trabalho.
Outro indicador da pesquisa que mostra a limitada participação feminina em espaços de poder na vida pública é o percentual de deputadas federais em exercício, em 2020.
De acordo com o levantamento do IBGE, a Bahia tinha apenas três das 39 cadeiras na Câmara dos Deputados ocupadas por mulheres. Era o 5º menor percentual entre os 24 estados que tinham ao menos uma mulher como parlamentar e cerca de metade da proporção verificada no Brasil como um todo. Em 2020, 14,8% dos deputados federais em exercício no país eram mulheres. A participação brasileira era a menor da América do Sul e a 142ª em um ranking de 190 países que informaram esses dados à Inter-Parliamentary Union.
Entre os estados brasileiros, Amazonas, Maranhão e Sergipe não tinham nenhuma representação feminina na Câmara dos Deputados. Em outro extremo, com as maiores participações de mulheres no Legislativo federal, estavam o Distrito Federal e o Acre, cada um com metade dos parlamentares mulheres. Rio de Janeiro e São Paulo, com 10 deputadas federais cada um, lideravam em números absolutos.
O estudo também destacou que na Bahia a taxa de desemprego feminina (19,6%) segue bem maior que a masculina (13,3%) e atinge pico entre mulheres pretas ou pardas (20,4%).