Em quatro anos, 364 mortes de mulheres são registradas , aponta SEI
O documento pode ser acessado no portal da superintendência na internet

Foto: Reprodução/ TV Bahia
Os casos de feminicídio na Bahia registraram um crescimento médio anual de 13,2% de 2017 a 2020. De acordo com um levantamento divulgado nesta segunda-feira (8), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), em quatro anos, 364 mulheres foram mortas em todo o estado.
O trabalho em conjunto que foi construído a partir de todos os Boletins de Ocorrência identificados como feminicídio, aponta que uma a cada 100 mil baianas era assassinada em 2017, número médio que se manteve em 2018.
Já em 2019, a média passou para 1,3 e em 2020, a média de morte foi de 1,5 por 100 mil mulheres em todo o território baiano.
Os dados também apontam quem em 2017 eram 74 casos, passando para 76 em 2018, 101 em 2019, e 113 em 2020.
Em setembro do ano passado, o Monitor da Violência já havia registrado um aumento do número de casos durante o primeiro semestre de 2019. A pesquisa da SEI com a SSP também apontou que a grande maioria dos casos ocorre justamente no ambiente familiar. Segundo os números, 76,4% dos homicídios contra a mulher ocorrem dentro de casa e 60,6% dos casos são motivados de maneira passional.
Segundo o levantamento, 79,1% dos crimes registrados no período foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. Outros 13,4% dos autores são namorados e 5,6% dos crimes são provocados por parentes das mulheres.
As vítimas têm entre 30 e 49 anos, são negras e possuem um cônjuge. Em 48,5% dos casos foram utilizadas armas brancas e em 27,5% dos crimes o agressor utilizou arma de fogo.
A SEI divulgou um relatório compilando sobre os crimes de feminicídio, as informações detalhadas e o reflexo da Covid-19 nas ocorrências registradas entre 2017 e 2020. O documento pode ser acessado no site www.sei.ba.gov.br.


