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Em Convenção, Democratas afirma independência e nega pertencer ao "Centrão"

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Em Convenção, Democratas afirma independência e nega pertencer ao "Centrão"

ACM Neto é reconduzido à presidência nacional do partido e garante "apoio incondicional" à reforma da previdência

Por Juliana Dias
Em Convenção, Democratas afirma independência e nega pertencer ao "Centrão"
Foto: Fernando Frazão

Grandes nomes do Democratas (Dem) foram unânimes em dizer que não é necessário fechar um apoio formal ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), uma vez que o partido tem votado favoravelmente às pautas que são coincidentes com as das sigla, como a reforma da Previdência.  Na Convenção Nacional do Dem, realizada em Brasília na manhã desta quinta-feira (30), o prefeito de Salvador, ACM Neto, foi reconduzido ao cargo de presidente nacional e garantiu "apoio incondicional" à reforma. Neto afirmou que a atuação do partido tem que ser com objetivo de defender a democracia e combater a pobreza e as desigualdades, tocando uma "agenda do Brasil e dos brasileiros".

Nos discursos, ficou clara a tentativa de desvincular o partido não apenas do governo, mas do chamado "Centrão". O que trata-se de uma resposta clara às manifestações do último domingo (26) em que este conjunto de partidos foi atacado, bem como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Dem-RJ). De acordo com Elmar Nascimento (Dem-BA), líder da sigla na Câmara, existe uma tentativa de rotular a atuação do partido, mas Maia teria "destruído" o Centrão e se colocado frontalmente contra "o aglomerado fisiológico que seria marcado pelo toma lá, da cá".

Neto concordou ao dizer que o Dem não se aceita rótulos nem carimbos e não vai perder a coerência para conseguir espaço de poder. A mesma ideia do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao afirmar que "o Democratas é um partido que tem lado, que tem norte, rumo e posição". Neto e Caiado pediram engajamento e responsabilidade dos integrantes do partido, já que, na avaliação deles será muito cobrado pela população por ter posição de destaque no governo. O partido possui três ministros: Onyx Lorenzoni na Casa Civil, Tereza Cristina da Agricultura e Luiz Henrique Mandetta na Saúde) e os presidentes das duas Casas do Congresso (Maia na Câmara e Davi Alcolumbre no Senado). 

O ministro da Casa-Civil, Onyx Lorenzoni, fez um discurso inflamado em que destacou a atuação da sigla contra a esquerda, ativamente no impeachment de Dilma Rousseff (PT), e depois no apoio à candidatura de Jair Bolsonaro, que trouxe os ideais da Centro-direita à tona. Onyx deu a entender que Jair Bolsonaro, que já foi filiado ao PFL (antiga denominação do Dem), poderia até voltar à sigla: "Quem sabe [Bolsoaro] gostaria de voltar pra casa", supôs. 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, frisou que Democratas é o que mais tem ajudado o governo federal e o presidente da República, mais até do que o PSL. O deemista falou que é momento de união e diálogo e que a sigla trabalha pela "harmonia, independência e fortalecimento das instituições".

Maia falou que o partido trabalha pela manutenção da democracia, o que, para ele, é essencial para que o Brasil volte a crescer, gerar empregos e garantir investimentos. O presidente da Câmara, que tem protagonizado atritos com Bolsonaro, colocou que "ser ou não ser governo não é o mais importante, mas ser ser a favor de uma agenda que traga crescimento" e defendeu a reforma da Previdência pedindo uma moção de apoio e compromisso com a proposta, que foi aprovada simbolicamente no encontro. Sobre as críticas que têm sido direcionadas ao Congresso, defendeu o parlamento colocando que não se pode transferir todos os males do Brasil para a Câmara.


Foto: Reprodução/Twitter

Carta de compromissos

Neto falou que elaborará uma Carta com pressupostos do partido que terão que ser seguidos por filiados que querem concorrer a cargos eletivos. De acordo com o prefeito, ela será votada na Executiva Nacional. Mesmo sendo um partido "conservador", Neto acredita na renovação e aposta nos jovens filiados para a"construção do futuro do Brasil".

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