Em depoimento à polícia, porteiro afirma que jovem relatou ameaça momentos antes do crime
Késia Stefany, 21 anos, foi assassinada pelo o advogado criminalista José Luiz, neste domingo (17), no Rio Vermelho

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O porteiro do Condomínio Terrazo Rio Vermelho, local onde a jovem Késia Stefany da Silva Ribeiro, 21 anos, foi assassinada, afirmou durante o depoimento à polícia que Késia já havia exposto as ameaças do ex-namorado, o advogado criminalista José Luiz de Britto Meira Júnior. O relato teria ocorrido momentos antes do crime, na madrugada de domingo (17). Ele foi autuado em flagrante por feminicídio.
De acordo com o depoimento do porteiro, por volta das 2h, a jovem teria acessado o elevador, e subido até a portaria, ensanguentada. No local, ela disse: "Luiz quer me matar". Com isso, o porteiro acalmou a vítima e a orientou que ficasse na portaria. No entanto, Kezia Stefany só teria ficado no local por cerca de 15 minutos e em seguida retornou ao apartamento do advogado, foi quando o funcionário ouviu um tiro.
José Luiz, que diz ter agido em legítima defesa, está preso na Polinter, em Salvador. Por meio da delegada Zaira Pimentel, que investiga o caso, a polícia se esforça para adaptar uma sala do Cope (Centro de Operações Especiais da Policia Civil) para que fique parecida com uma sala de Estado-Maior.
O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB Bahia, Adriano Batista, relatou que a Polícia Civil está "descumprindo a lei", ao não conceder liberdade ao advogado criminalista. A decisão do juiz Horário Moraes Pinheiro é que Luiz de Britto cumpra prisão domiciliar por não haver sala de Estado-Maior na Bahia.
"Se não tem essa sala, a Justiça já determinou que ele vá para casa. Não existe outro caminho que seguir que não cumrprir a decisão", diz Batista.