Em depoimento, Cid nega ter tentado passaporte português para fugir do Brasil
Tenente-coronel foi ouvido pela PF nesta sexta-feira (13)

Foto: Ton Molina/STF
Em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (13), o tenente-coronel Mauro Cid negou ter pedido ajuda para obter um passaporte português com a intenção de fugir do Brasil. A oitiva ocorreu no âmbito da investigação que mira o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, preso sob suspeita de atuar para viabilizar a expedição do documento.
Cid é delator na ação penal sobre a tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF) e chegou a ser preso pela PF na manhã desta sexta-feira durante um cumprimento de busca e apreensão na sua residência. A prisão, no entanto, foi revogada logo em seguida.
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Os investigadores afirmaram que o depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que durou cerca de duas horas, “foi esclarecedor”.
Entenda a investigação
Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Gilson Machado por obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.
O pedido tem como base informações da PF de que Machado teria atuado, em 12 de maio, junto ao consulado de Portugal no Recife (PE), para obter um passaporte português em favor do tenente-coronel Mauro Cid, “com o objetivo de viabilizar sua saída do território nacional”.