Em entrevista, Bellintani fala sobre planejamento do Bahia para 2021

Clube pretende fazer até sete contratações para repor a saída de atletas

[Em entrevista, Bellintani fala sobre planejamento do Bahia para 2021]

FOTO: Felipe Oliveira/EC Bahia

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, disse na noite da última quarta-feira (3), durante entrevista concedida  para revelar o planejamento para a temporada, que o clube pretende fazer até sete contratações para repor a saída de atletas que tiveram o contrato encerrado ao fim do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, serão contratados um goleiro, um zagueiro, até três volantes e dois atacantes de beirada.

“A gente também tem que repor as saídas que tivemos. Precisamos de um goleiro, sofremos com a quantidade de goleiros que tínhamos na reta final do Brasileiro. Precisamos de um goleiro que nos dê segurança e componha bem a opção que vai ser dada aos treinadores para escolha dos goleiros. Precisamos de um zagueiro, em curto prazo, para repor a saída de Ernando, estamos providenciando. Dois volantes, por causa das saídas de Gregore e Ronaldo. Precisamos de um ou dois jogadores de beirada, porque são setores do time em que a gente está visivelmente carente desde a saída de Élber”, disse.

“Pode chegar um terceiro volante, porque a gente terminou o ano com três volantes, então talvez precisemos dar mais opções ao treinador. Outras mudanças só vão acontecer, outras contratações, quando alguns que estão aqui saírem ou mais perto do Brasileiro, quando a gente identificar o aproveitamento dos jogadores do time de transição, a evolução financeira do clube e a necessidade a partir dos jogos que tivemos na Copa do Brasil e do Nordeste”, completou. 

Na ocasião, o presidente tricolor também explicou como vai funcionar a reestruturação do departamento de futebol do clube, que será alicerçado em dois pilares: um técnico, para desenvolver a inteligência no futebol; e outro gerencial, de relacionamento com o mercado.

O primeiro pilar, responsável por prospectar atletas e aproveitar os talentos da base, será de responsabilidade de Júnior Chávare, confirmado pelo presidente. O segundo, de relação com empresários e equipes, ficará a cargo de Lucas Drubscy.

“Em síntese, haverá o núcleo do futebol propriamente dito, que vai desenvolver estratégias de captação e contratação. E outro de relacionamento com mercado, que vai fazer um vínculo maior com o mercado, os empresários. Isso acaba com a figura central do diretor de futebol, que acumulava as duas funções e ficava sobrecarregado. Drubscky é o responsável por todo o relacionamento e negociação com empresários. Hoje a gente tem a chegada de Chávare, que já foi um pouco divulgado na imprensa, que vai assumir outra função, de projeto, planejamento do futebol do Bahia dentro das quatro linhas, que envolve um vínculo com as comissões das categorias de base, time de transição e profissional. Junto com uma reformulação do departamento de análise e estatísticas, que vai ter uma ampliação grande, e toda a política de contratação, no que se refere à escolha de jogadores, parte técnica e todo o desenvolvimento de contratação. A antiga diretoria de futebol está dividida entre Chávare e Drubscky, disse. 

“Além disso, teremos a reformulação grande do departamento de análise, com a chegada de profissionais, e um novo coordenador das divisões de base. Assim completamos o departamento de futebol. Tirando uma figura mais centralizadora de diretor e desmembrando, ampliando o processo de decisões de contratação, análise de desempenho, mercado e relacionamento com clubes”.
Ao lado de Vitor Ferraz, Guilherme Bellintani afirmou que o ano de 2021 será marcado por muitas mudanças, após uma temporada em que o clube acumulou decepções e brigou até o fim do Campeonato Brasileiro contra o rebaixamento.

Orçamento 

 Em relação ao déficit orçamentário, Bellintani disse que o Bahia traçou um orçamento para 2021, que reflete o déficit orçamentário vindo de 2020. “A gente arrecadou R$ 60 milhões a menos do que estava projetado. Dos clubes de orçamento médio do Brasil, o Bahia foi um dos que mais sentiu, porque grande parte do faturamento é alocado na torcida, na presença no estádio e no sócio Acesso Garantido. Lembrando que a gente chegou a bater 34 mil acessos garantidos antes da pandemia”.

“Desenvolvemos o orçamento de 2020 lastreado neste número. Mesmo tendo a permanência muito grande de sócios que entenderam a necessidade, tivemos uma perda significativa, somado à queda do mercado, mercado comprador de atletas e a redução de faturamento em bilheteria. A gente vê um déficit no orçamento de 2020 que a gente carrega para 2021. Vai ser um ano de situação financeira muito delicada, com a formação de um elenco. Sem dúvida, não vamos fazer grandes investimentos, salários de 400 mil, comprar jogadores”, completou.
 


Comentários

Relacionadas

Veja Também

Fique Informado!!

Deixe seu email para receber as últimas notícia do dia!