Em entrevista exclusiva, o ator Jota Barletta fala dos novos desafios da carreira
Jota vai encarar um protagonista no curta metragem ‘Próprio’, da produtora americana Driven Equation

Foto: Jean Cabral
O ator baiano Jota Barletta está, atualmente, se preparando para uma peça intitulada ‘Narciso’, que aborda temas como homofobia, assédio moral, físico e sexualidade. Já nos cinemas, Jota vai encarar um protagonista no curta metragem ‘Próprio’ da produtora americana Driven Equation. Em entrevista exclusiva ao Farol da Bahia, Jota fala um pouco da sua carreira, os desafios do mercado de atores e a sua paixão pela Bahia.
Farol da Bahia: Como você enxerga o teatro no cenário atual? As casas de espetáculo têm tido um bom público?
Jota Barletta: Dificílimo! O brasileiro já não tem tanto costume de ir ao teatro e nesses tempos sombrios que vivemos, é pior ainda. A arte está sendo execrada ao invés de estimulada, e através da pura desinformação, irresponsabilidade e ignorância de quem nos governa. O artista virou vilão! Mas, em tempos pavorosos como estes, o alento é justamente a arte.
FB: Qual a sua preferência: teatro ou televisão? Onde se sente mais à vontade?
JB: Mesmo achando a comparação um pouco injusta (risos), por serem plataformas com diferentes especificidades, eu escolho teatro. Teatro é ancestral, ritualístico, espiritual, amoroso, rigoroso, revigorante, sou apaixonado. Depende do papel, do tempo de preparo, do jogo com meus colegas. Então, não acho que tenha algum “lugar” onde me sinta mais à vontade. Mas, fiz mais peças teatrais, que trabalhos na TV.
FB: Para você qual a primeira sensação quando ouve o verbo atuar? Se imagina exercendo outro ofício?
JB: Responsabilidade! Não me imagino parando de atuar nunca, mas quero sim exercer outros ofícios. Amo escrever, quero dirigir, produzir - o mundo das artes dramáticas é muito vasto e eu gosto dessa exploração experimental.
FB: Já teve oportunidade de conhecer a Bahia e curte alguma peculiaridade do Estado?
JB: Não só conheço, como nasci nela (risos). Sou soteropolitano graças ao meu Senhor do Bonfim e curto não só uma, como inúmeras peculiaridades da nossa terra tão específica.
FB: Poderia deixar um recado para a equipe do Farol da Bahia?
JB: Quero mandar um beijão pros meus conterrâneos queridos e agradecer o convite. É sempre um enorme prazer falar com os nossos. Muito amor e axé pra todos vocês.