Em meio a pandemia, transplantes registram quedas no Brasil

O transplante de córneas foi o mais afetado, com queda de 7.112 para 3.963

[Em meio a pandemia, transplantes registram quedas no Brasil]

FOTO: Fotos públicas

A pandemia da covid-19 ocasionou na queda no número de transplantes de órgãos e tecidos no Brasil durante o primeiro semestre de 2020 comparado com o mesmo período de 2019, segundo dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) divulgados na última quarta-feira (12). O transplante de córneas foi o mais afetado, com queda de 7.112 para 3.963, o que equivale a 44,3%.

O segundo órgão que registrou maior queda foi o pâncreas (29%), em seguida vem o coração e pulmão, os dois registraram uma queda de 27%. Já os transplantes de rim, órgão com maior demanda, tiveram queda de 18,4%. Dentre os 40.740 pacientes ativos na lista de espera no Brasil, 20.678 aguardam um rim.

O risco do doador pegar a covid-19 no momento da internação também acarretou na diminuição de transplantes realizados em vida de rim (58,5%) e fígado (23,6%).

Segundo informado pela ABTO existem dois aspectos que podem interferir na doação e transplante de órgãos no país durante a pandemia: o pico de casos e mortes não foi uniforme. Ocorre entre maio e junho nas regiões Norte e Nordeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Já a partir de julho, o epicentro da doença migrou para o Sul, Sudeste e Minas Gerais.

O Brasil é o país com maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, aproximadamente 96% dos procedimentos são custeados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 
 


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