Em sete dias, mais de 675 mil brasileiros ficaram desempregados, segundo IBGE
Total de desempregados no Brasil já ultrapassa a marca de 12 milhões

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Com o afrouxamento de algumas medidas de distanciamento social e retorno de algumas atividades comerciais, o mercado de trabalho começa a gerar sinais em relação ao número de desempregados que começam a aparecer na taxa de desocupação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O levantamento mostra que entre a terceira e quarta semana de junho, mais de 675 mil brasileiros ficaram desempregados.
Entre 14 de 20 de junho, o número de desempregados no Brasil saltou para 12,4 milhões de pessoas. O dado é superior aos 9,8 milhões que era registrado no início de maio deste ano, o que equivale a um aumento de 13,1% na taxa do desemprego.
O número de desempregados não havia aumentado porque a pesquisa considerava que diante da crise de Covid-19, as pessoas estavam impossibilitadas de procurar emprego, o que caracteriza ele desocupado. Pela metodologia do IBGE, apenas é considerado desempregado quem procura emprego e não acha.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, há 17,8 milhões de pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar e não procuraram emprego por causa da pandemia ou por falta da oportunidade de trabalho. São 487 mil pessoas a mais que entraram nesse grupo em uma semana.
A flexibilização das medidas de distanciamento social também tem levado a uma volta dos trabalhadores que inicialmente foram afastados à retomar o trabalho. Semanalmente, sobe o número de brasileiros que estão retornando às ocupações, a exemplo da última semana de junho, onde 800 mil voltaram a suas funções.