Em um ano, a Polícia Federal (PF) já instaurou 931 inquéritos policiais para investigar as fraudes no auxílio emergencial. De acordo com o levantamento realizado pela própria PF, desde o início programa, em abril do ano passado, foram realizadas 332 operações policiais, com 44 prisões, 83 indiciados e R$ 1 milhão de bens apreendidos, em todo o Brasil. 

Entre as principais irregularidades vistas está o cadastramento no aplicativo Caixa Tem em nome de terceiros para recebimento do benefício de forma fraudulenta. Depois, os acusados transferem os valores para contas vinculadas ou emitem boletos bancários para retirada do dinheiro. Apenas no mês passado, quando começou a segunda rodada do benefício, foram 24 operações contra grupos fraudadores. 

Entre os estado com maior número de inquéritos, o Rio Grande do Sul aparece no topo do ranking, com 245 investigações instauradas. Em seguida vem São Paulo (180) e o Rio de Janeiro (129). O maior número de prisões em uma única operação ocorreu em 31 de março deste ano, no Mato Grosso, quando 12 pessoas foram presas ao serem acusadas de efetuar 1.570 saques de benefícios, entre abril de 2020 e março de 2021, resultando em um prejuízo superior a R$ 1,3 milhão.