Nesta terça-feira (2), o técnico Cuca se posicionou pela primeira vez sobre o a acusação de ter estuprado uma garota de 13 anos em 1987 na Suíça, em entrevista ao Blog da Marília Ruiz, no UOL. Ele gravou um vídeo ao lado da mulher e das duas filhas.  

Nos últimos dias, nas redes sociais, parte da torcida do Atlético-MG, time com o qual o treinador está próximo de um acerto para comandar na próxima temporada, se posicionou de forma contrária ao retorno do técnico campeão da Copa Libertadores da América em 2013.

"Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, tentativa de abuso ou coisa assim. (...) Esse episódio de 1987 precisa ser explicado. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente. Sou um cara de cabeça e consciência tranquila", disse o treinador.

Rejane, esposa de Cuca, também fez um comentário sobre o assunto. "O Cuca é uma pessoa muito íntegra, um excelente pai. Se ele tivesse alguma atitude errada, eu jamais teria ficado casada com ele há tanto tempo. E esse tempo nos deu duas filhas lindas, que ele educou com muito amor, integridade e carinho", disse.

Entenda o caso

Durante uma excursão do Grêmio à Europa, em 1987, Cuca (então meia), o goleiro Eduardo Hamester, o atacante Fernando Castoldi e o zagueiro Henrique foram acusados de manterem relações sexuais com uma menina de 13 anos, na Suíça. A jovem se dirigiu com amigos ao quarto dos jogadores do Grêmio no hotel em que estavam concentrados e, segundo a acusação, ela foi puxada para dentro.

Em entrevista a TV Globo em janeiro deste ano, o então vice jurídico do Grêmio, Luiz Carlos Martins, o Cacalo, afirmou ao "Esporte Espetacular" que apenas um dos jogadores teve relação sexual com a jovem, de maneira consentida. Porém, a legislação do país previa que a relação seria estupro presumido, por conta da idade da menina.

Após quase um mês detidos em Berna, os quatro jogadores foram liberados. Dois anos depois, em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor, entretanto, foi condenado por estar envolvido no ato de violência.