Embraer deve recorrer a justiça apos desistência da Boeing em acordo

Negociações estavam sendo feitas desde 2017

Por Da Redação
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Embraer deve recorrer a justiça apos desistência da Boeing em acordo

Foto: Reprodução/Internet

A Embraer deve entrar na Justiça ou em uma câmara de arbitragem para ser recompensada pelos danos sofridos com a extinção do acordo comercial firmado com a Boeing. A fabricante de aviões americanos anunciou no fim de semana o encerramento do contrato, que era negociado desde o final de 2017. Ela alegou que a empresa brasileira deixou de cumprir certas condições pré-determinadas. A Embraer, por sua vez, acusa os americanos de produzir falsas alegações para evitar o pagamento de US $ 4,2 bilhões pelo negócio.

“A empresa busca todas as medidas cabíveis contra a Boeing por danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do contrato. A realização dos termos do acordo que exige investimentos, em um processo complexo e demorado iniciado há mais de dois anos ”, informou a Embraer. Apenas com a cisão da unidade de aviação comercial a empresa teve gastos de R$ 485,5 milhões no ano passado.

O fim do acordo avaliado em US $ 5,3 bilhões lança uma série de incertezas sobre o futuro das duas companhias. O mercado teve uma grande mudança com a compra de 51% do programa CSeries da Bombardier pela Airbus. Para a Boeing, uma parceria representava um complemento importante de portfólio, com uma oferta de jatos regionais. Já para a Embraer, a aliança traria uma força a mais para combater um concorrente revigorado em escala - um Bombardier lutava pelas ameaças antes de se associar à Airbus em 2017.

Para analistas e executivos do setor, Embraer e Boeing saem perdem com o fim da parceria. E ambos serão afetados por algum tempo por conta dos danos causados ??pela pandemia do coronavírus no mercado de aviação. A Boeing, que já vem bastante fragmentada com a crise do 737 Max, deve encontrar um amparo no governo americano. Já a Embraer “talvez” tenha a possibilidade de consolidar sua posição de liderança absoluta no mercado de jatos regionais, sendo quase a única alternativa para empresas aéreas que operam aviões menores que sejam os da Boeing e Airbus.

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