Empresário é sequestrado pelo próprio filho em Manaus e tem R$ 700 mil roubados

Um empresário de 74 anos foi sequestrado no dia 10 de setembro em Manaus, em um crime planejado pelo próprio filho, com a participação de pelo menos seis outros suspeitos. Durante o sequestro, o grupo extorquiu R$ 700 mil da vítima, que ficou refém por mais de 12 horas em um cativeiro na Zona Oeste da capital amazonense.

Segundo o portal g1, quatro dos suspeitos já foram presos: David Francisco Alves Sá, filho da vítima e apontado como mandante; Douglas Oliveira de Lima, funcionário da empresa da família, responsável por estudar a rotina do empresário; Arleson da Silva Pinheiro, que alugou e conduziu o veículo usado no sequestro; e João Kayb Damascena Martins, que atuou como elo entre os presos e os foragidos.

O crime foi planejado meticulosamente: David e Douglas monitoraram os trajetos diários do empresário, repassando informações à quadrilha. O grupo alugou um carro, adulterou as placas e abordou a vítima na rua Gabriel Gonçalves, no bairro Aleixo. Câmeras de segurança registraram o momento em que o empresário foi forçado a entrar no veículo e levado para o cativeiro no bairro Compensa, onde permaneceu sob vigilância armada por cerca de 12 horas.

Durante o sequestro, os criminosos fizeram diversas transferências via PIX, totalizando R$ 700 mil, dos quais R$ 100 mil foram recuperados pela polícia e devolvidos à vítima.

Além dos quatro presos, a polícia ainda procura três suspeitos foragidos: José Rodrigues de Souza Júnior, que forneceu armas e recrutou sequestradores; Normando Alves da Silva Neto, responsável por escoar os valores via contas de “laranjas”; e Ruan da Silva Dabella, que furtou placas para disfarçar o veículo usado no crime.

Os envolvidos vão responder por extorsão com privação de liberdade, porte de munição, associação criminosa, tráfico de drogas e adulteração de identificador de veículo automotor. A investigação também busca identificar se a quadrilha está ligada a outros sequestros-relâmpago na região metropolitana de Manaus e rastrear o restante do dinheiro roubado.